O IKARIANO - Edição Janeiro/25 [4]

Passaram as Festividades, o Ano velho já lá vai e também já acabámos o primeiros mês do novo Ano. A Edição de Janeiro está a sair com muito atraso.

E o novo "O IKARIANO" completa meio aninho.

Mas não tem sido fácil, com esta Redactora sempre doente e o Redactor de voltas com problemas pessoais e do jogo. E ninguém se quer oferecer para escrever. Onde estão os antigos redactores que deram um brilharete a'O IKARIANO?

Vamos deixar morrer o nosso jornal que ainda há pouco tempo nasceu? Não, não e não

Assim, apresentamos na presente Edição:

- Tradições portuguesas

- Solução do Passatempo da Edição anterior

- Algumas anedotas

Lembramos que podem comentar qualquer matéria no tópico dos comentários - O IKARIANO - Tópico de comentários

Tradições

Cantar as Janeiras

Todos os Países têm as suas Tradições. Umas que englobam todo o País, outras mais regionais. Eu não conheço as tradições brasileiras, para além do Carnaval do Rio. Mas esta todo o mundo conhece.

Portugal tem tradições bem pitorescas, e uma estamos no mês em que se comemora – Cantar as Janeiras.

É muito vaga a origem desta tradição. Existem algumas menções no arquivo de Lisboa e reporta-as a costumes pagãos do tempo dos romanos que comemoravam a entrada do novo ano em nome de Janus (o porteiro celestial, deus do passado e do futuro que fechava a porta do ano que acabava e abria a do que começava). O nome deste deus deu origem à denominação do primeiro mês do ano.

Portanto esta tradição cristã que corresponde à quadra festiva do Natal e que se estende até ao dia de Reis (6 de Janeiro), é uma tradição popular e ao longo dos tempos fundiram-se numa só. Os três magos, foram adorar o Menino Jesus e levaram-lhe presentes – Belchior era o Rei da Pérsia e a sua oferenda foi o Ouro que simboliza a realeza; Gaspar era o Rei da Índia e ofereceu incenso atribuindo-lhe divindade, e por último, Baltazar que era o Rei da Arábia, ofereceu a mirra que representava a imortalidade.

Assim, Cantar as Janeiras, ocorrem em Janeiro, começam no dia 1 e estendem-se até 6 de Janeiro. Com o passar dos tempos, esta tradição estendeu-se por todo o mês de Janeiro.

A Tradição é que grupos de amigos, familiares ou amigos, se juntem e vão cantar de porta em porta. Normalmente são acompanhados por tocadores de instrumentos folclóricos.

Já há em algumas regiões do País, grupos consagrados que de ano para ano vão cantar as Janeiras. Geralmente, terras mais pequenas (aldeias) ou mesmo bairros (nas cidades)

As canções são muito simples, normalmente quadras a louvar o Menino Jesus, Nossa Senhora e S. José. Terminada a canção, é hábito os moradores darem aos cantores algo que sobrou da época das festas (frutos secos ou frescos e enchidos). Por comodismo estas ofertas são hoje substituídas por chocolates e dinheiro. Terminada a caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado, ou comem todos juntos o que receberam.

Nos últimos anos celebrizou-se uma música de Zeca Afonso, intitulada “Natal dos Simples” que começa por “Vamos cantar as Janeiras”

megar

Redactora

Solução do Passatempo da Edição anterior

Bem, só uma leitora quis perder um tempinho, para achar as palavras alusivas à época do Natal.

Não creio que fosse fácil encontrar todas, mas não tentar para achar algumas???...

Mas aqui vai a solução

As palavras:

PRESÉPIO

 JESUS 

 NATAL 

 MAGOS 

 MARIA 

 BELEM 

 PRESENTES 

 MIRRA 

 JOSÉ 

 FESTA

megar

Redactora

A n e d o t a s

Um senhor bem vestido, acabado de chegar de viagem, apanha um táxi, e pede ao taxista para o levar para a morada da sua casa.
No caminho, vê uma senhora, também com muito bom aspecto, com um vestido vermelho, a entrar numa discoteca. De repente reconhece que se trata da sua própria mulher!
O senhor fica desvairado e pede ao taxista que volte até à porta da discoteca. Chegado lá, tira do bolso um maço de notas e diz para o taxista:
- Aqui estão mil euros. São seus se você tirar de dentro desta discoteca uma mulher vestida de vermelho que acaba de entrar. Mas, enquanto a arrasta cá para fora, vá-lhe dando uma valente carga de porrada, sem problemas, porque essa desgraçada é a minha esposa!
O taxista, que vivia com grandes dificuldades financeiras, aceita sem pensar duas vezes e entra pela discoteca dentro.
Cinco minutos depois o taxista surge a sair pela porta da discoteca, arrastando pelos cabelos uma mulher, com o rosto a sangrar, toda rasgada e desgrenhada, e a gritar todas as asneiras que se possa imaginar.
O senhor bem vestido, que tinha ficado no táxi vê a cena e percebe, horrorizado, que a mulher está vestida de verde ! Sai do táxi a correr e grita para alertar o taxista do terrível erro.
- Pare! Pare! O senhor enganou-se. Não é essa senhora! Como é que você confundiu vermelho com verde ? O senhor é daltónico?
Ao que o taxista responde:
- Daltónico o “caral…”! Esta de verde é a minha… Já volto lá dentro para trazer a sua!

xxXXXxx

CARTA DE UMA MÃE ALENTEJANA
Mê querido filho
Ponho-te estas poucas linhas que é para saberes que tôu viva.
Escrevo devagar porque sei que não gostas de ler depressa. Se receberes esta carta, é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra.
O tê pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorrem a 1 km de casa. Por isso, mudámo-nos pra mais longe.
Sobre o casaco que querias, o tê tio disse que seria muito caro mandar-to pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e meti-os no bolso. Quando chegar aí prega-os de novo.
No outro dia, houve uma explosão na botija de gás aqui na cozinha. O pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção: foi a primeira vez, em muitos anos que o tê pai e eu saímos juntos.

Sobre o nosso cão, o Joli, anteontem foi atropelado e tiveram de lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessares a rua.

Na semana passada, o médico veio visitar-me e colocou na minha boca um tubo de vidro. Disse
para ficar com ele por duas horas sem falar.
O tê Pai ofereceu-se para comprar o tubo.
A tua irmã Maria vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, nã sei se vais ser tio ou tia.

O tê mano Antóino deu-me hoje muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir a casa, pegar a suplente para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava aberta.

Se vires o Sr. Alcino, diz-lhe que mando lembranças. Se nã o vires, nã lhe digas nada.

Tua Mãe Mariana

PS: Era para te mandar os 100 euros que me pediste, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.
DESCULPA a minha lêtra, mas eu tenho andado muito rouca.

megar

Redactora