O IKARIANO - Edição Setembro/24 [5]

  • QNqrH4v.png



    eX4sJyK.png


    Fazer um jornal, mesmo com as características d’O IKARIANO, se já não era tarefa fácil nos fóruns extintos, tornou-se quase um quebra-cabeças, com o fórum que temos actualmente.


    E não me refiro simplesmente a ter matérias para vos oferecer. A principal dificuldade é a de não possuirmos um cantinho, onde possamos compor todo o jornal, antes do mesmo vos ser apresentado.


    Mas vamos fazer o nosso melhor. Aprender com os erros cometidos e experimentando novos modelos.


    Assim, basta de falarmos em dificuldades. Com o vosso apoio e compreensão tudo será ultrapassado. E não esqueçam – comentem as matérias apresentadas e colaborem como redactores ou freelancers.


    Então, para os nossos estimados leitores, trazemos este mês:


    - Uma linda entrevista feita pelo Maker a uma barqueira de peso.

    - Uma história que vão querer acompanhar

    - Umas perguntinhas ao usuário mais controverso do fórum

    - E um passatempo


    Meus amigos, podem comentar aqui:

    O IKARIANO - Tópico de comentários [21]


    megar

    (Redatora)

    JI7Lx0X.png

      ASSINATURA-3.png

    We are nothing but the ashes of Stars, long since blotted out in Time

    I have no enemies, I have angry fans

    In game (megar) - BR: Kronos [DJE], Phobos [-KJ-], Helios [NZDOM] EN: Perseus, [Slack], Ares Global 1 [LEGA]

    Me too - BR: Kronos - megar72 [D J L], Helios - megar65 [NZDOM], Phobos - megar66 [-HK-] EN: Ares Global 1 - megar75

    Ex-Redactora do Papyrus /\ Ex-Super Game Operator on Ikariam.Pt /\ Moderator on Ikariam.Br /\ Redactora d'O Ikariano

    megar - Em jeito de APRESENTAÇÃO e recordações



  • Abrindo a 2ª edição do novo formato do Jornal O Ikariano, vamos começar com uma entrevista de leve, haha...

    A convidada da vez é Isaah, uma das barqueiras mais destemidas deste universo Ikariano, como soube.

    Embarque com a gente nessa aventura e desfrute da viagem, meu caro leitor.


    O formato da entrevista é simples, veja no exemplo abaixo:

    Redator - Aqui vai o comentário do Redator.

    Entrevistado - Aqui vai o comentário do Entrevistado.


    Vamos lá!?


    Maker - Para começar, Isaah, você pode se apresentar para o público do Jornal O Ikariano? Conta pra gente um pouco sobre você, qual servidor joga atualmente, sua aliança, seu cargo no jogo, enfim. Estamos curiosos para saber mais.

    Isaah - Eu sou a Eloisa, no jogo, a Isaah, e minha experiência com o Ikariam começou em meados de 2010 onde joguei até meados de 2018-19. Por saudade e lembranças, retornei ao jogo em 2023 de forma despretensiosa, escolhi o servidor Persephone única e exclusivamente pelo nome rs, e foi a melhor escolha que eu fiz.

    Fui recrutada pela aliança SKULL da qual faço parte até hoje e meu cargo atualmente é de Vice-líder e Diplomata.


    Maker - Atualmente, você ocupa as posições de Vice-Líder e Diplomata na SKULL, certo? Poderia nos contar mais sobre o que essas funções realmente envolvem? Alguns podem pensar que são apenas cargos dentro do jogo com responsabilidades limitadas, mas sabemos que vai além disso. O que exatamente você faz no seu dia a dia na aliança?

    Isaah - Os cargos são de extrema importância dentro da aliança, na SKULL levamos essa questão bem a sério. Sempre brinquei com o pessoal, que Diplomata sofre bastante rs, pois todos os problemas, pendências, acordos, cobranças a serem resolvidas através da diplomacia passam por nós.

    O Diplomata não deve somente transmitir uma mensagem... isso, qualquer pessoa pode fazer através da opção do jogo. A missão Do diplomata, é transmitir os desejos, decisões e ordens da cúpula através da escrita e do diálogo, e saber usar a estratégia para conseguir informações e também conseguir entender e interpretar as respostas para dentro de nossa aliança. Devemos ser claros e objetivos, porém, sem perder toda a essência da aliança através das palavras.

    Já como Vice-líder, precisamos estar ainda mais atentos a todas as decisões, metas e próximos passos da aliança, e interagir de forma ativa nas decisões, e é claro, manter-se sempre ativo caso o Líder atual venha a faltar por algum motivo.


    Maker - Falando sobre o cargo de Diplomata, que foi seu primeiro grande papel na aliança, como foi chegar até lá? O que você teve que fazer e quanto tempo levou para conquistar essa posição? Conta pra gente como foi essa jornada!

    Isaah - De fato, chegar no cargo de Diplomata foi uma jornada, e essa história é longa porém interessante. Logo que cheguei na SKULL me encantei pelo modo como a aliança era gerida, seus membros eram ativos, e a cooperação era sempre muito grande.

    Logo que entrei, a aliança estava passando por alguns conflitos, e uma guerra era iminente. Tínhamos um Diplomata, que a princípio, estava nos auxiliando nesses conflitos, porém ele foi pego, enviando detalhes de nossas estratégias para o inimigo. Sendo assim, ele foi expulso por traição, e a vaga ficou aberta.

    A cúpula então pediu se eu gostaria de assumir o cargo, pois algumas características que eu tenho se encaixavam no perfil procurado (boa comunicação, pró atividade, comprometimento e etc..). Sendo assim entrei “em meio ao caos” para assumir as responsabilidades do cargo.


    Maker - Você mencionou que joga no servidor Persephone, que não é exatamente o mais movimentado ou com bônus tão atraentes. O que fez você decidir ficar aí por um ano inteiro? Conta pra gente o que te manteve no servidor, mesmo com esses desafios.

    Isaah - Como comentei na primeira pergunta, eu escolhi o Persephone pelo nome mesmo, e fui entender a questão de bônus depois, pois na época que joguei anteriormente não existia muita diferença entre um servidor e outro. Porém o que me fez ficar mesmo, foi o acolhimento da minha aliança, as amizades que fiz, e até os inimigos. Pois desde que cheguei, fui começando a evoluir, comecei minha conta do zero, e fiquei no modo “fazenda” como dizem. Mas tudo mudou quando entrei em uma aliança ativa, onde todos os meses tínhamos alguma movimentação, seja ela de guerra, eventos, desafios. Isso me deixou com mais vontade de jogar e diminuiu um pouco as desvantagens de um servidor com bônus ruins.


    Maker - Ouvi dizer que, mesmo com o número não tão grande de jogadores no Persephone, vocês tiveram boas batalhas por lá. Como é a experiência de enfrentar guerras sendo da Liderança? E como está a classificação de guerras da SKULL atualmente?

    Isaah - O que posso dizer é que batalhas não faltaram. Mesmo no início onde não tínhamos ainda nem as pesquisas das principais tropas e frotas, as batalhas já começaram a todo vapor, e mesmo assim batalhas com quantidades de round significativos levando em consideração o período do servidor.

    E as guerras só aumentaram, conforme os conflitos aconteciam, nossa aliança tentava sempre estar se desenvolvendo, aprendendo estratégias, montando manuais de guerra, desenvolvendo e entendo melhor os milagres, e os updates da oficina.... enfim, cada guerra, antes durante e depois tínhamos acompanhamento com foco na melhoria contínua.

    Ser da cúpula, principalmente durante esses períodos, é um desafio e tanto, porque a cúpula define os caminhos que a aliança vai trilhar, e a SKULL é formada por membros ativos, cada um com seu estilo de jogo, mas todos em um mesmo propósito. Então sempre, antes de cada grande decisão, debatíamos internamente com a cúpula toda e qualquer passo a ser dado, concordávamos e discordávamos, debatíamos intensamente, até chegar em um consenso e uma decisão que seria a melhor para aliança, e somente depois disso, passávamos os próximos passos para toda nossa aliança. A ideia da cúpula é justamente de puxar a responsabilidade das decisões, para que nossos membros possam se desenvolver e usar seu talentos tanto nos objetivos gerais quanto nos pessoais.

    Graças a essa união, e escolhas assertivas, a SKULL é hoje uma das alianças que mais participou de guerras no Persephone e com êxito na grande maioria delas, temos 10 vitórias em guerras e uma infinidade de batalhas que duraram dias. Batalhas essas que movimentaram o servidor, propiciando momentos únicos, noites de discord na madrugada, e até mesmo uma série de videos com 9 episódios, 10 se formos contar o spin off.... mas isso já é assunto pra outra hora rsrs.

    Sou suspeita a falar, porque adoro uma guerra, mas sem dúvidas guerrear com um time que pega junto e se diverte, é mil vezes melhor.


    Maker - Você comentou que um ex-membro foi expulso por traição. Como vocês lidaram com isso? E como mantêm a confiança dentro da aliança hoje?

    Isaah - Foi um período turbulento, pois logicamente não esperávamos algo assim....porém serviu de aprendizado.... inclusive dentro da SKULL temos um lema: Seja leal a Skull e ela será leal a você.

    E é basicamente isso, nos baseamos na reciprocidade, sempre estamos dispostos a ajudar e a fazer o melhor pra aliança, porém nossos jogadores também estão cientes das responsabilidades e cobranças do dia a dia, é uma via de mão dupla, onde focamos no bem estar geral, então todos entendem a importância de suas ações individuais, e como elas impactam no geral.


    Maker - A fusão trouxe alguns contratempos e desafios para todos os jogadores. Como estão os preparativos, e o que você espera desse processo?

    Isaah - Essa fusão já teve altos e baixos pra nós rsrs.....nos empenhamos muito em acertar tudo, em tentar nos preparar ao máximo e deixar tudo "certo" para a fusão....tivemos batalhas de despedida e até batalhas de treinamento internas, mas como a data foi adiada algumas vezes, deu uma esfriada nos jogadores.

    Porém agora, mais próximo da data oficial, estamos ansiosos para ver e entender como se dará o funcionamento do jogo nesse novo formato.

    Essas fusões são interessantes pra trazer uma nova dinâmica pro jogo, e reacender a curiosidade e atividade dos jogadores.


    Maker - Para finalizar, que conselho você daria aos novos jogadores ou àqueles que estão voltando ao jogo agora?

    Isaah - Posso estar sendo meio clichê mas o que eu diria é: "Nada é como antes! Mas pode ser melhor do que nunca foi!"

    O jogo mudou bastante, algumas coisas e estratégias mudaram muito, e até você entender esses novos cenários demora um pouco....mas depois desse período você volta a sentir aquela energia e vontade de jogar, começa a aprender estratégias, conhecer pessoas, fazer amigos, fazer "inimigos" e no fim se diverte.

    O Ikariam não é um jogo pra qualquer um, e ele não para somente no online... as amizades que fiz aqui, vão ficar pra sempre, as risadas, os perrengues, as brigas....tudo isso faz parte, e fazem do Ikariam um "mundinho" onde você pode esquecer seus problemas pessoais um pouco e se divertir e pensar e se desenvolver em grupo. Vale a pena dar uma chance!


    Maker - Isaah, foi um prazer conversar com você, conhecer um pouco mais da sua pessoa e trazer alguns pensamentos seus à este Jornal. Agradeço imensamente a parceria, viu!?


    Meus caros leitores, ficamos por aqui após essa entrevista maravilhosa.

    Deixem seus likes e comentários sobre os assuntos abordados, queremos saber de vocês o que acharam da entrevista.

    Mandem um recadinho!


    E quem sabe na próxima, um de vocês pode estar aqui conosco, que tal!?


  • Caro leitor, nesta série de histórias do "Contos Ikarianos", contamos o que acontece no jogo transformando em narrativas envolventes. Cada história é baseada em eventos reais do jogo, trazendo a jogabilidade para a vida através de uma abordagem literária.

    E tem mais: sua história também pode aparecer aqui! Se algo incrível aconteceu no jogo e você quer ver isso contado de uma forma especial, envie uma MP com os detalhes e podemos transformar sua experiência em uma bela história no "Contos Ikarianos".

    Sem mais demora, vamos à nossa primeira história. Confira abaixo.


    ENTRE ALEGRIAS E TRISTEZAS


    Meados do nono mês do ano de 2023 d.C., nas terras altas da região montanhosa de Adoeos, vivia um povo de alma serena e de costumes que honravam a paz. Esses habitantes, cuja simplicidade de espírito rivalizava com a beleza de seu lar, haviam forjado tradições que atravessaram gerações. Entre tais hábitos, estavam as festas que, sem falha, se davam a cada três dias. Em tais ocasiões, as mesas eram adornadas com carnes tenras e pão fresco, e o hidromel — doce néctar dourado que aquecia o peito — fluía como os rios que cortavam a terra.


    Outro costume, este de caráter mais sereno, era a pesca. Ah, sim, pescar! Um hábito que, naquele tempo, se contava entre os mais saudáveis e nobres passatempos. Era na calmaria das águas e no balançar dos barcos que o povo encontrava seu equilíbrio, pois acreditavam que o mar e os rios sussurravam segredos antigos aos que soubessem ouvi-los.


    Assim viviam os pacíficos habitantes de Adoeos, em harmonia com seus costumes e com a terra, até que os ventos do destino lhes trouxessem uma mudança inesperada.

    Mas aquela mudança não tardou a surgir, e as fez de maneira rápida. Ao cair da tarde, em um desses dias de paz, um som distante rompeu a tranquilidade das terras daquele povoado. Primeiro, um leve tremor, quase imperceptível, que se mantinha constante. A cada momento, tornava-se mais forte, como se a terra, antes adormecida, começasse a despertar de um longo sono.


    Klepo, um jovem adoediano, vivia com seus avós em uma casa simples, cercada pelos campos férteis da região. Naquele dia, sentiu o tremor antes que qualquer um. Em seu peito, o pavor tomou forma, e suas pernas, como se movidas por um instinto profundo, o levaram a correr pelas planícies em direção ao palácio do Rei. "Estão vindo! Estão vindo!", gritava ele, com a voz embargada pelo medo, enquanto cruzava os campos dourados.


    Logo, diante das grandes portas do palácio, o Rei de Adoeos, em toda sua majestade, surgiu. Sua face expressava calma, mas seus olhos demonstravam curiosidade ao ver o jovem tão aflito. Aproximando-se de Klepo, perguntou: "Quem és tu, jovem? O que o trouxe até mim em tamanha urgência? Quem, ou o que, está vindo?"

    Klepo, sem fôlego e tomado pelo pavor, mal conseguia falar. Seu peito ardia e suas mãos tremiam enquanto, de maneira instintiva, ele apontava para o norte, onde o horizonte começava a escurecer. "Estão vindo..." foi tudo o que conseguiu murmurar, repetindo as palavras com uma certeza que congelou o sangue dos que estavam por perto.


    Em questão de minutos, pássaros voaram desesperados do norte, e logo os demais animais da floresta seguiram o mesmo caminho, correndo sem hesitar para o sul.

    O Rei, à entrada do palácio, ergueu o olhar em direção às montanhas que cercavam a região. E lá, no topo de uma das maiores montanhas, avistou a silhueta de um homem solitário. O semblante parecia o de um soldado. Antes que pudesse entender o que aquilo significava, outro homem apareceu ao lado do primeiro, também trajando o que parecia ser armadura. Logo, mais figuras surgiram, uma após a outra, até que se tornaram dezenas, e então centenas de homens armados.


    Era um povo desconhecido, nunca antes visto nas terras de Adoeos. Gritavam com fúria, suas vozes ecoando pelos vales, e cantavam coros de guerra em um idioma que ninguém ali compreendia. As tropas começaram a marchar com determinação, em direção ao palácio do Rei, como uma sombra que avança em busca de um refúgio do sol.

    O coração do monarca apertou-se ao perceber o que estava por vir. Não havia mais dúvidas: era um ataque!


    O Rei, com o semblante sério, voltou seus olhos para o jovem Klepo, que ainda ofegava diante dele. "Meu jovem," disse o monarca com firmeza, "vá depressa até o Mercador, e peça um de seus cavalos. Diga-lhe que é pedido do Rei. Em seguida, monte e cavalgue velozmente até as terras a oeste. O povo de lá poderá nos ajudar. Traga reforços o quanto antes."

    Sem questionar, Klepo assentiu e saiu em disparada, obedecendo à ordem real. Seu coração batia com a urgência do momento, e suas pernas não fraquejavam enquanto corria pelas ruas, cada vez mais desertas, rumo ao Mercador.

    Enquanto Klepo seguia sua missão, as tropas inimigas, que se apareciam no horizonte, partiam com fúria em direção à pacífica cidade de Adoeos. A marcha era implacável, e o barulho de tambores de guerra ecoava no ar, fazendo com que os aldeões temessem o pior.


    O Rei, em sua sabedoria, não perdeu tempo. Chamou os poucos soldados que guardavam a cidade, homens de coragem, embora em pequeno número, e lhes deu ordens precisas. "Protejam as mulheres, as crianças e os anciãos," disse ele com voz grave. "Levem-nos aos abrigos subterrâneos e certifiquem-se de que fiquem em segurança."

    Por fim, ordenou que soltassem todos os animais dos estábulos e campos. "Deixem que fujam sozinhos," instruiu. "Que nossos animais encontrem seu próprio caminho."


    A cidade, antes serena, agora se via diante da iminência de uma batalha, e o Rei, de espírito imperturbável, preparava-se para enfrentar o desconhecido que marchava em sua direção.


    Em poucos minutos, a frágil muralha que protegia Adoeos cedeu sob o peso das catapultas inimigas. As casas, que antes se erguiam em harmonia com a paisagem, foram sendo destruídas ou saqueadas sem misericórdia. O som de espadas se chocando e os gritos de desespero ecoavam pelas ruas. Os poucos soldados que ousaram defender a cidade lutaram bravamente, mas um a um foram caindo diante da implacável força do inimigo.

    O Rei, entretanto, havia conseguido se refugiar com as mulheres, crianças e anciãos em um local seguro, um abrigo que, até então, permanecia oculto aos olhos dos invasores. As paredes de pedra e as espessas portas de madeira lhes davam a esperança de que, por um tempo, estariam a salvo.

    Por um breve momento, o caos cessou, e o silêncio tomou conta dos arredores. Mas a paz foi rapidamente rompida por um grito que ecoou acima: "Eu os encontrei! Estão aqui abaixo! Tragam o aríete!"


    O coração do Rei gelou ao ouvir essas palavras. Não por medo de si próprio, mas pelo destino daqueles que ele havia jurado proteger. Com a mente a mil, ele rapidamente organizou as barricadas, ordenando que mais objetos fossem colocados entre o grande portão e o local onde todos estavam escondidos.

    O tempo parecia correr contra eles. Logo, o som pesado e ameaçador do aríete inimigo começou a ressoar, golpeando o grande portão com força crescente. A cada impacto, as paredes tremiam, e o medo no coração dos refugiados aumentava. O Rei, mantendo-se firme, sabia que era apenas uma questão de tempo até que as defesas cedessem.


    Logo, com um estrondo ensurdecedor, o grande portão cedeu, rachando-se como se fosse feito de papel. Em questão de segundos, dezenas de homens armados invadiram o refúgio. Suas fileiras avançaram, cercando o Rei e os desamparados que ele jurara proteger. O ambiente, antes repleto de medo silencioso, agora pulsava com a tensão da iminente batalha.

    Sem hesitar, o Rei se adiantou, colocando-se entre os invasores e seu povo, com sua espada em punho. Seus olhos brilhavam com determinação, e ele assumiu sua postura de batalha, pronto para lutar até o fim. Ele sabia que, embora estivesse em menor número, sua honra e dever exigiam que defendesse os indefesos com cada golpe.


    Foi então que, no meio da turba invasora, um homem entrou no recinto. Sua presença imponente e armadura ornamentada deixavam claro que se tratava de um general de guerra. Ele caminhou com a confiança de quem já havia vencido muitas batalhas e, ao se aproximar, seus olhos fixaram-se no Rei. Com um aceno silencioso, os soldados ao redor abriram espaço, permitindo que o general e o monarca se enfrentassem, um contra um.

    A luta que se seguiu foi feroz. O Rei, com toda a sua bravura e habilidade, investiu contra o general, e os sons de espadas se chocando preenchiam o ar. Contudo, por mais que lutasse com coragem, o monarca começava a fraquejar diante da força e experiência do adversário. Após uma série de golpes, o Rei foi finalmente desarmado e forçado ao chão.


    No instante em que o general ergueu sua espada para executar o golpe final, um de seus auxiliares se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido. O general hesitou, seus olhos se estreitaram em pensamento. Em vez de dar o golpe fatal, ele abaixou a espada e, com uma voz fria e autoritária, ordenou que seus soldados prendessem o Rei e todos que ali estavam.

    O destino do Rei e de seu povo, agora em mãos inimigas, permanecia incerto.


    Ao serem capturados, o Rei, as mulheres, crianças e anciãos foram conduzidos ao pátio central da cidade. Sob o céu carregado e o ar pesado com o odor das cinzas, o pátio apresentava um cenário sombrio e desolador. No centro, alguns dos homens mais leais ao Rei, aqueles que outrora se destacavam em bravura e lealdade, já estavam ajoelhados, com suas cabeças inclinadas ao chão. Cercados pelos invasores, suas expressões de dignidade contrastavam com o desespero dos cativos.

    O silêncio que envolvia o pátio era quebrado apenas pelo lamento distante das almas feridas. O Rei, de pé entre os refugiados, observava com um coração pesado. Seus olhos, sempre firmes e decididos, agora carregavam uma tristeza profunda ao testemunhar a execução dos homens que outrora havia confiado. A cena diante dele era um reflexo cruel da derrota e do sofrimento.

    Sem qualquer cerimônia, e à vista de todos, os homens ajoelhados foram chamados um a um para enfrentar seu destino. A lâmina cortante se movia com precisão letal, e o eco das execuções ressoava pelo pátio como um lamento sombrio. Cada vida ceifada era um golpe profundo na alma do Rei e no espírito de seu povo, que observava em lamento.


    As mulheres, com os rostos banhados em lágrimas, abraçavam seus filhos com desespero. O medo estampado em seus olhos era palpável, e seus corpos tremiam ao som dos gritos e das ordens severas dos invasores. As crianças, incapazes de compreender plenamente o horror que se desenrolava, agarravam-se aos mais velhos, suas mãos pequenas e frias buscando consolo.

    O Rei, embora de pé e aparentemente forte, sentia-se consumido por uma onda de desespero. A bravura que o sustentava parecia balançar, enquanto seus olhos eram forçados a confrontar a brutalidade que o cercava. A visão de seus homens leais tombando diante dele, a dor visível em cada rosto ao seu redor, parecia quase insuportável.

    Enquanto a fumaça das casas incendiadas subia e o som do metal das espadas agora silenciado preenchia o ar, os sobreviventes foram amordaçados e amarrados. Suas vozes, antes cheias de esperança e súplicas, foram silenciadas para que não houvesse clamor ou pedido de clemência. Um a um, foram conduzidos como cativos, seus destinos agora incertos e obscuros.


    A cidade de Adoeos, que uma vez fora um símbolo de paz e prosperidade, jazia agora como um campo de ruínas. Suas ruas, marcadas pela destruição e pela dor, contavam uma história de luto e perda. O brilho de sua antiga glória parecia distante, e o futuro se desenhava como um vasto mar de incertezas.


    Com o passar dos dias, Klepo finalmente retornou à sua cidade natal. Seu coração estava pesado com a tristeza e o cansaço, pois, infelizmente, não conseguiu obter auxílio do povo das terras a oeste — eles haviam se recusado a prestar ajuda. Ao chegar em Adoeos, a cena que encontrou era um retrato devastador: a cidade estava em ruínas, destruída e devastada, com corpos espalhados pelos escombros.


    Desesperado e com o espírito quebrado, Klepo correu até sua antiga casa, apenas para encontrar o lar que um dia foi cheio de vida agora desolado e vazio. Seus avós, aqueles que haviam sido seu refúgio e fonte de amor, estavam ausentes. No lugar onde antes estavam as memórias felizes, encontrou apenas uma pequena carta, escrita à mão com uma caligrafia que ele reconheceu como a de sua avó. O papel estava um pouco amassado, mas as palavras ainda eram legíveis:

    "Não busque a vingança, busque o prazer!"


    As palavras, enigmáticas e carregadas de significado, não faziam sentido para Klepo em seu estado de desolação. Seu coração estava consumido pelo desejo de vingança contra aqueles que destruíram sua vida, seu lar e seu povo. O conceito de buscar o prazer parecia distante e incompreensível, um contraste cruel com a dor e a perda que ele sentia.


    Com a mente tumultuada e o futuro incerto, Klepo se via em uma encruzilhada. O que fazer a seguir? A vingança parecia ser a única coisa que lhe dava algum propósito, mas as palavras de sua avó ecoavam em sua mente, oferecendo uma perspectiva que ele ainda não compreendia plenamente.


    O que será que Klepo fará?

    Qual caminho ele escolherá em meio ao caos e à dor?

    E, acima de tudo, o que aconteceu com o Rei e com o restante do povo de Adoeos?

    O destino deles permanece um mistério, envolto nas sombras da devastação.


    Continua...


    Caro leitor, o que achou dessa primeira história? Deixe seu comentário no tópico apropriado.

    Sim, ela vai continuar em sua segunda parte.

    Além disso, você também pode contribuir com sua história (leia novamente o inicio desta matéria).

  • 73BcHn7.png


    oE1eqA5.png



    Quem me conhece de longa data, já leu algumas entrevistas feitas por mim e mesmo a que me foi feita há mais de 10 anos.


    Desta feita, fugi ao tradicional e desafiei o biel- para conhecermos melhor este jogador – irreverente, controverso e contestatário assumido, aceitou o desafio prometendo ser absolutamente verdadeiro “e não transgredir nenhuma regra”


    Eis como decorreu o bate-papo.


    -Quem é o biel-? Não precisas de dizer o teu nome, se não quiseres, mas conta algo sobre ti que te defina.


    biel- Eu chamo Gabriel, sou um empresário do ramo de logística e segurança, moro no Rio de Janeiro, e nas horas vagas adoro jogar ikariam, o nick biel veio pois todos me chamam dessa forma desde a minha infância.


    - Como conheceste o Ikariam?


    biel- No ano de 2008, eu chegava da escola e estava em buscas de jogos online para passar o tempo, enquanto jogava gladiatus me aparece a propaganda do ikariam, então apertei e estou no vicio até hoje.


    - Que metas tens para o jogo?


    biel- Minha meta sempre é a diversão, sei que o jogo hoje é muito voltado para construção, mas sou o jogador a moda antiga, eu gosto do jogo de provocação e atrai todos para o militar, o nosso amigo O_LADRAOPU_TINHA é testemunha disso hã hã


    - De todas as mudanças a que assististe no jogo, qual a que mais gostaste? E a que menos gostaste? E no fórum?


    biel- As mudanças que mais gostei foram os templos (tirando o colosso 100%), barcos mercantes e o aumento das vagas para construção, acredito que o colosso deveria diminuir pra não acabar com os combates.


    A mudança que menos gostei foi o mercado negro, acabou totalmente com a essência do jogo, ser atacada e ter que fazer unidades para reviver ou manter uma quantidade mínima pra se defender. O fórum não é legal por conta do formato, mas entende as limitações impostas pela GF, o formato antigo era bem melhor e mais dinâmico.


    - Tens consciência que tens sido um grande contestatário aqui no fórum. Alguns castigos e chamadas de atenção. O que te tem motivado a ser assim?


    biel- Sei sim, a maioria é merecido, porém tem muita coisa que já é pessoal por parte do Rodolfo. O que me motiva é a falta de voz que nós jogadores temos com a GF, jogo isso a tempo o suficiente pra não cair na conversa de que tudo é visto com total atenção. Hoje temos a Pinky como nosso representante e várias sugestões que foram enviadas e nunca voltam, as atualizações feitas não são de acordo com o que mandamos um dia, afinal, já teve sugestão aceita e inovadoras? Se teve não me gravei.


    - Como é o teu relacionamento dentro de alianças?


    biel- Sou uma pessoa muito descontraída, eu brinco com todos o tempo todo.


    Comigo tem 8 ou 80 anos, ou gosta muito de mim ou me odeia, sou uma pessoa muito intensa.


    - Se eu perguntasse à maioria dos usuários o que pensam sobre ti, o que supões que a maioria responderia? Qual a palavra que mais usariam?


    biel- Depende, meus aliados gostam muito de mim e meus oponentes me odeiam, faço questão de manter dessa forma, os jogadores gostam muito de mim ou me odeiam, não tem meio termo. O ikariam virou um jogo de construção, eu preciso arrumar minhas confusões para manter o pouco do que ele era vivo.


    Em geral falariam que o que respondi acima, um jogador antigo cansado da forma em que o jogo está sendo prolongado e vão falar que sou chato também kkkkkkkkkkk


    - Quando comecei a frequentar o fórum.Br por extinção do Pt, creio que usavas um Avatar com uma foto de adulto e uma criança. Penso ser tua mas não tenho a certeza. Aquela foto destilava amor e por isso me ficou gravada na memória. Queres comentar?


    biel- Sim, uma foto minha e da minha sobrinha, tive que tirar pois alguns jogadores possuem muita maldade e falam coisas visíveis até de crianças.


    - O que pensas sobre mim, desde a fusão dos fóruns até agora?


    biel- Eu me registro de você na mesma luta que eu há alguns anos, um pouco tempo vi que entrou para a equipe e espero que aquela vontade de mudança não tenha morrido, muitos dos que entram pra equipe esquecem de como é o jogo e faça o que precisa para melhorar.


    - Ainda conheço mal o fórum.Br. O que me aconselhas para o ajudar a melhorar?


    biel- A volta do Jornal foi muito boa, eu sempre gostei do jornal, só não gostei da parte de culinária que para mim era um desperdício kkkkkk


    Eu aconselho dinâmicas que envolvem combates com premiações que podem atrair os jogadores, mesmo que de forma individual, dinâmicas que fazem com que os jogadores se movam.


    O evento da HYDRA teve uma ideia boa, mesmo não desafiando os jogadores, precisamos de desafios, nos façam pensar, a Hydra era enviar tropas e deixar morrer, isso não é nada legal, a premiação eu nem preciso comentar, eu quero muito ir no fórum para elogiar mas sou mais um jogador desacreditado e quero muito que a GF nos surpreenda, mas de forma positiva.


    Bem, por agora é tudo. Decerto te surpreendeste com as perguntas que te fiz. Tu e os restantes usuários. Está atento. Vou publicá-las na próxima edição d’O Ikariano.


    Muito obrigada pela participação


    === ===


    Seguidamente, contactei aleatoriamente alguns usuários, para saber o que pensam sobre o biel-.


    Foi pena, porque a maioria dos contactados, não responderam.


    Foi assim:


    Olá,


    Estou a fazer duas perguntas sobre o biel-, para publicar n’O Ikariano.


    Bastam 6 a 10 palavras em resposta à 1ª. pergunta, e uma palavra para a 2ª. pergunta.


    Podes ajudar-me? Só tens que respeitar as Regras do fórum, caso contrário não poderei publicar as tuas respostas.


    Eis as perguntas:


    1 - O que pensas do biel- como usuário do fórum?


    2- Define-o com uma única palavra.


    Então as únicas respostas recebidas foram:


    Blueangel


    Olá megar,


    1 - faz-me lembrar, por vezes, a mim mesma, e não ha muito tempo. alias, acabei banida do discord..A diferença é que eu já desisti ... nem em forum nem para lá do forum (que tambem la cheguei) nada vale a pena..

    Nada vai mudar. isto vai ser até meterem o ultimo prego ao caixao do ikariam.


    2 - resiliente


    pois é megar, agradeço o convite .. mas é isto que eu penso.Apenas me tenho contido no forum porque realmente ja vi que nao vale a pena, tentar mudar alguma coisa.

    Beijinho


    O FAZENDEIRO


    como usuario é ironico .... uma palavra seria sarcástico


    Usuário anónimo


    Olá

    Então não acompanho mas o fórum como antigamente, porém ao ver alguns posts da pessoa, pode-se notar que ele e um crítico em relação ao jogo, as vezes passando do ponto e tals.


    Mas falando aquilo que está no direito dele pelo jogo, e pelo que acompanhei o único problema dele e com a equipe, pega muito no pé dela e a equipe acaba levando a sério e punindo o mesmo.


    Agora pra segunda pergunta

    Insuportável kk mlk chato kkkk


    Bom e isso, quero que me mantenha anônimo, obrigado...


    Usuário anónimo


    Opa Megar, tudo bem?


    Peço que minhas respostas sejam anônimas.


    1 - Penso que ele deve ter várias contas no fórum para tentar quantificar bem a opinião dele e dar a entender que várias pessoas apoiam o ponto de vista dele


    2 - Multitarefa.


    Muito obrigada a todos os participantes.


    megar

    (redatora)

    JI7Lx0X.png

      ASSINATURA-3.png

    We are nothing but the ashes of Stars, long since blotted out in Time

    I have no enemies, I have angry fans

    In game (megar) - BR: Kronos [DJE], Phobos [-KJ-], Helios [NZDOM] EN: Perseus, [Slack], Ares Global 1 [LEGA]

    Me too - BR: Kronos - megar72 [D J L], Helios - megar65 [NZDOM], Phobos - megar66 [-HK-] EN: Ares Global 1 - megar75

    Ex-Redactora do Papyrus /\ Ex-Super Game Operator on Ikariam.Pt /\ Moderator on Ikariam.Br /\ Redactora d'O Ikariano

    megar - Em jeito de APRESENTAÇÃO e recordações


  • JI7Lx0X.png

      ASSINATURA-3.png

    We are nothing but the ashes of Stars, long since blotted out in Time

    I have no enemies, I have angry fans

    In game (megar) - BR: Kronos [DJE], Phobos [-KJ-], Helios [NZDOM] EN: Perseus, [Slack], Ares Global 1 [LEGA]

    Me too - BR: Kronos - megar72 [D J L], Helios - megar65 [NZDOM], Phobos - megar66 [-HK-] EN: Ares Global 1 - megar75

    Ex-Redactora do Papyrus /\ Ex-Super Game Operator on Ikariam.Pt /\ Moderator on Ikariam.Br /\ Redactora d'O Ikariano

    megar - Em jeito de APRESENTAÇÃO e recordações